Palpitações, acelerações, taquicardias, falhas dos batimentos...
Assustam, preocupam, fragilizam e dão sensação de algo ruim acontecendo. Muitas pessoas as descrevem como uma sensação de vazio na boca do estômago com um nó na garganta ou uma horrível aceleração no peito! O que é isso? Bom, todos esses adjetivos servem para definir uma crise de arritmia cardíaca, nome geral de qualquer falha ou irregularidade dos batimentos cardíacos.
O ritmo cardíaco regular varia de 40 a 50 batimentos por minuto nos
atletas/esportistas muito bem condicionados, até 100 por minuto mesmo num
indivíduo descansando. Em média o ser humano normal tem seus batimentos ao redor
de 80 por minuto. Numa emoção violenta ou durante um exercício físico, a
frequência cardíaca pode subir instantaneamente de 70/80 para 100/120 sem que
isso necessariamente signifique doença. Identificamos isto como crise de
taquicardia ou aceleração emocional de curta duração. Se durante seu treino,
você vinha mantendo sua pulsação na faixa de 140/150 e de repente você sente o
seu frequencímetro "pular" para 180/200 sem motivo aparente, está ocorrendo uma
taquicardia ou aceleração do coração, de causa a ser esclarecida. Imediatamente
devemos procurar um Pronto Socorro, para se possível, registrar essa arritmia
pelo eletrocardiograma, uma das poucas maneiras de chegarmos ao diagnostico
médico.
Outra arritmia comum em quem pratica exercícios regulares a muito tempo são
as extrassístoles ou falhas no batimento cardíaco. Mesmo frequentes (quando
contamos mais de 2000 falhas em 24 horas pelo exame HOLTER, exame que usa um
gravador contínuo do eletrocardiograma), na maioria das vezes elas têm um
caráter benigno. Evidente que só o especialista poderá definir o diagnóstico e a
possível conduta e evolução.
Dependendo do tipo de arritmia, da sua causa cardíaca e da sua repercussão
na saúde, é que será decidido o melhor tratamento, que poderá ser clínico -
apenas com medicação - ou por meio de uma intervenção com cateter cuja ponta
emite radiofrequência como uma espécie de "cauterização" do foco da arritmia no
coração. A esse procedimento chamamos de Ablação. No período do diagnóstico e
tratamento muitas vezes é necessário afastamento das atividades físicas.
Tudo isso serve para concluirmos que arritmias existem com certa frequência
em praticantes de exercícios e esportes e seu risco de vida é baixo e variável,
pois o diagnóstico exato e a eficiência dos tratamentos facilitam sua cura.
Fonte: Proximus
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